SAMBA E ESCOLAS CAMPEÃS

PARTE I

Unidos da Viradouro – Campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2024

A ESCOLA CAMPEÃ DO RIO DE JANEIRO

GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DO VIRADOURO

Essa Escola de Samba nasceu em Niterói; recebeu então, o nome de Viradouro; a rua onde a escola nasceu, tinha esse nome devido a um fato interessante: nesta rua, os bondes que faziam o transporte da população de Niterói, viravam com a finalidade de fazer o retorno. E este local passou a se chamar por isso, Viradouro. Foi fundada em 24/06/1946 no quintal da casa de Nelson dos Santos, onde afinal, aconteciam as ‘rodas de samba‘. Escolheram no início as cores azul e rosa que depois foram mudadas para vermelho e branco para a sua bandeira. Inicialmente, conquistou 18 títulos na sua cidade e passou depois a participar definitivamente do carnaval na cidade do Rio de Janeiro. Hoje enfim, ela é uma das grande escolas do carnaval do Rio de Janeiro. (Veja também, postagem sobre o carnaval neste Blog: https://conclavedesol.mastermusica.com.br/o-maior-carnaval-do-mundo)

SAMBA E ESCOLAS CAMPEÃS

O SAMBA ENREDO DESTE ANO DE 2024

O tema do seu Samba Enredo deste ano, “Arroboboi, Dangbé” conta a história das Guerreiras Mino, do Reino Daomé, atual Benin. Benin é um dos menores países da África. Enfim, foi o país que mais exportou escravos para o Brasil. Esses escravos vieram dessa forma, trabalhar nas minas de ouro e nas lavouras de café. Trouxeram assim a sua cultura, os seus costumes e a sua religião. Benin é conhecida como o berço do Candomblé – Vodun. Arrobobói é uma saudação; ‘Dangbé‘ é uma entidade representada por uma serpente: a Serpente da Vida. Dangbé é um Oxumaré. Esta saudação significa então: Salve ó Espírito Infinito da Serpente!

AS SACERDOTISAS VODUNS

O enredo conta a história das guerreiras Mino, do reino Daomé, atual Benin. Essas guerreiras durantes as batalhas na região, eram iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, conforme costumes usados pela dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé. É dessa forma que nasce o culto à Serpente Vodum, conhecida também como Oxumaré. Em terreiros na Bahia, sob a liderança da sacerdotisa Ludovina Pessoa celebra-se então, o culto a esta entidade. Claudia Alexandre é uma autora que fala em seus livros sobre este culto: seus livros “Orixás no Terreiro Sagrado do Samba” e “Exu-Mulher e o Matriarcado Nagô” narram sobre as festas e os cultos a este orixá. Dessa forma, estes cultos têm vínculos profundos com os temas religiosos apresentados em síntese, na Sapucaí.

Comissão de Frente e a Serpente que simboliza o Orixá Dangbé

SAMBA E ESCOLAS CAMPEÃS

ENREDO: ARROBOBOI DANGBÉ

Compositores: Claudio Mattos, Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno

O CULTO AO ORIXÁ OXUMARÉ

O Terreiro Ilê Axé Oxumaré em Salvador é um templo da cultura afro-brasileira e foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Oxumarê pois, é um orixá relacionado ao movimento, aos ciclos vitais e às forças da natureza. Segundo essa tradição, então, é símbolo da riqueza, continuidade e permanência. O Arco-íris com seu formato arredondado é chamado de Serpente-Arco-Íris e representa assim, a união entre o céu e a terra; à princípio, representa o equilíbrio entre os orixás e os homens. Conta-se pois, que esta divindade participou da criação do mundo ao se enrolar ao redor da Terra, reunindo a matéria e dando assim, forma ao planeta. O dia da semana de culto ao orixá é a terça-feira; suas cores são o amarelo e o verde, além das cores do arco-íris; seus símbolos são a serpente, o círculo e o bradjá (colar de búzios).

Mestre Sala: Juninho e Porta Bandeira: Rute Alves

Veja sobre as origens do Carnaval a postagem neste Blog ‘ANTES DO CARNAVAL – ENTRUDO‘ clicando no link: https://conclavedesol.mastermusica.com.br/antes-do-carnaval-entrudo/

FONTE:

Se você gostou desta postagem, role a tela até o fim onde vai encontrar um espaço onde pode colocar um elogio, uma crítica ou uma sugestão e vai assim ajudar o Blog. Não perca a nossa próxima postagem: Samba e Escolas Campeãs – Parte II – Carnaval de São Paulo.


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